
Paulínia apresentou queda no número de casos prováveis de dengue em 2025, considerando o mesmo período das 45 primeiras semanas epidemiológicas de 2024. Embora os indicadores gerais mostrem melhora, as autoridades reforçam a necessidade de manter os cuidados preventivos, especialmente diante do registro de um óbito e outro em investigação neste ano.
Segundo dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde, de janeiro a 15 de novembro — período correspondente à 45ª Semana Epidemiológica de 2025 — o município registrou 3.855 casos prováveis de dengue, uma redução de 10% em relação aos 4.284 casos anotados no mesmo período de 2024. O coeficiente de incidência também apresentou queda, passando de 3.703,0 em 2024 para 3.332,2 em 2025, o que representa igualmente uma redução de aproximadamente 10%.
A letalidade em casos prováveis manteve-se baixa, variando de 0,02% no ano passado para 0,03% neste ano. Em relação aos casos graves, a letalidade foi de 0,96% em 2024 e 0,83% em 2025. Em 2025, Paulínia confirmou um óbito por dengue e investiga outro. Em 2024, houve um óbito ao longo das 45 semanas avaliadas.
Perfil dos casos em 2025
A distribuição por sexo mostra que 54% dos casos prováveis foram registrados em mulheres e 46% em homens. Quanto à raça/cor, a predominância é de pessoas brancas (57,7%), seguidas por pardas (23,8%), enquanto 11,5% dos registros não apresentaram informação. Pessoas pretas representam 5,5%, amarelas 1,4%, e indígenas 0,1%.
A análise por faixa etária indica maior concentração de casos em faixas economicamente ativas:
– 20 a 29 anos: 303 homens e 280 mulheres
– 30 a 39 anos: 278 homens e 345 mulheres
– 40 a 49 anos: 281 homens e 380 mulheres
Faixas mais jovens e idosas apresentam números menores, mas contínuos, reforçando a circulação do vírus em todas as idades.
Comparação com 2024
Em 2024, até a 45ª semana, foram registrados 4.284 casos prováveis, número superior ao observado em 2025. No fechamento das 52 semanas epidemiológicas, o total chegou a 4.325 casos. Apesar da quantidade expressiva do ano passado, a letalidade se manteve baixa, assim como neste ano.
Vigilância mantida
A redução observada em 2025 é considerada positiva, mas não elimina a preocupação das autoridades de saúde. A circulação do vírus permanece ativa, e fatores climáticos como o calor e a umidade favorecem a proliferação do Aedes aegypti. O alerta é para que a população intensifique ações simples, como eliminar recipientes que acumulem água e permitir a entrada dos agentes de endemias nas residências.
Com a proximidade do período de maior risco, o município reforça campanhas e orientações para evitar novo crescimento dos casos e proteger toda a população.
