
Equipamento de R$ 4,5 milhões reforça monitoramento climático e emissão de alertas na região
O novo radar meteorológico da Região Metropolitana de Campinas (RMC) entrou oficialmente em operação nesta quarta-feira, 3 de dezembro, durante cerimônia realizada no auditório da Unicamp. O equipamento, adquirido com investimento de R$ 3 milhões do Fundocamp — composto pelos 20 municípios da RMC — e contrapartida de R$ 1,5 milhão da Unicamp, vai ampliar a capacidade de previsão e monitoramento de eventos climáticos extremos em toda a região.

O prefeito de Campinas, Dário Saadi, participou do lançamento, que contou também com o secretário-chefe da Casa Militar e coordenador estadual de Proteção e Defesa Civil, Coronel Henguel Ricardo Pereira; o reitor da Unicamp, Paulo César Montagner; além de representantes da Defesa Civil de Campinas, entre eles o coordenador regional e o diretor Sidnei Furtado.
Durante o evento, moradores de cidades da região receberam uma mensagem enviada via sistema Cell Broadcast, em forma de teste, disparada pelo Centro de Gerenciamento de Emergência do Estado de São Paulo, na capital. O objetivo foi demonstrar a integração entre o radar e o sistema de alertas de Defesa Civil.
Rede de proteção ampliada
O radar de Campinas passa a integrar uma rede composta por outros oito equipamentos instalados no estado, que operam de forma complementar. Essa rede permite cruzar informações com imagens de satélite, aumentando a precisão das análises e a capacidade de previsão de tempestades e outros eventos climáticos.
Como funciona o equipamento

A pesquisadora Ana Avila, do Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura), explicou que o radar possui raio de cobertura de até 100 quilômetros e realiza varredura horizontal de 360° a cada 10 minutos. O sistema utiliza tecnologia de dupla polarização, capaz de diferenciar tipos de partículas nas nuvens — como gotas de chuva, granizo e gelo — proporcionando maior precisão na identificação e intensidade dos fenômenos.
Os dados serão integrados ao CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências) da Defesa Civil Estadual e ao CePRAM, reforçando a capacidade do Estado de antecipar riscos, prever impactos e acionar protocolos de segurança com antecedência.
