Sociedade de Medicina promove evento gratuito sobre gravidez na adolescência

Encontro com especialistas, que acontece no dia 8 de fevereiro, é aberto para médicos associados e não associados

A SMCC (Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas) promove, no dia 8 de fevereiro, um encontro com especialistas sobre a Semana Nacional da Prevenção da Gravidez na Adolescência. O evento, que acontece na sede da instituição a partir das 19h30, é gratuito e aberto a médicos e profissionais da área de saúde que têm interesse sobre o tema. Para participar, é necessário fazer inscrição prévia pelo link https://smcc.org.br/comercial/agenda-de-cursos-e-eventos-cientificos/visualizar/?id=254

Promovido pelo Departamento Científico de Radiologia e Diagnóstico por Imagem da SMCC, o evento reúne profissionais com expertise que vão discutir o tema em três palestras. A presidente do Departamento de Adolescência da Sociedade de Pediatria de São Paulo, Dra. Elizete Prescinotti Andrade, que é pediatra e hebiatra, vai abordar o tema “Impactos da gravidez na adolescência”.

O obstetra Dr. Anderson Borovac Pinheiro, coordenador de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital e Maternidade Madre Theodora, será o segundo palestrante, com o tema “Especificidades no pré-natal da adolescente”.

Para finalizar, o coordenador do Departamento Científico de Radiologia e Diagnóstico por Imagem da SMCC, Dr. Kleber Cursino de Andrade, organizador do evento, fará a palestra Radiologia e Diagnóstico por Imagem: por que o exame do ultrassom é mais complexo na adolescente grávida. A moderação do evento será feita pelo médico ginecologista e obstetra Dr. Douglas Bernal, professor da PUC Campinas.

De acordo com ele, o pré-natal na adolescência merece uma atenção diferenciada. “Há aspectos psíquicos e físicos que precisam ser vistos e são diferentes da mulher adulta”, explica. “No caso do ultrassom, por exemplo, temos de ficar atentos a algumas patologias que têm maior prevalência na gestante adolescente. O exame do ultrassom também deve ser encarado como uma janela de oportunidades para aumentar o vínculo entre a mãe e filho, além de permitir que a gestante possa expressar suas preocupações e ajudá-la nesse momento especial da sua vida”, completa.

Dados divulgados esta semana pela Secretaria de Saúde de Campinas apontam que de janeiro a agosto de 2023, foram registrados 556 casos de maternidade na faixa etária entre 10 e 19 anos na cidade. Embora o número seja quase 7% menor que no mesmo período do ano passado, quando foram registrados 602 casos, e 17% mais baixo que em 2021, que teve 670 adolescentes grávidas na cidade, os dados ainda são preocupantes.

No Brasil, também há uma tendência de queda em gestação de adolescentes nos últimos anos, mas o país ainda está acima da média mundial, sendo que 19 mil nascidos vivos por ano são filhos de mães com idade entre 10 a 14 anos, situação extremamente grave pelo impacto individual e social.

A Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência foi instituída pela Lei nº 13.798/2.019, com o objetivo de disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas que contribuam para a redução da sua incidência. A gestação nesta fase da vida aumenta a prevalência de complicações para a mãe, para o feto e para o recém-nascido. Outro ponto que merece atenção é que a gravidez na adolescência piora problemas socioeconômicos já existentes.

Kléber Cursino
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