Embora tenha uma forte vocação para eventos corporativos, a hotelaria da Região Metropolitana de Campinas (RMC) tem boas expectativas para o Carnaval de 2023. Com a volta dos carnavais de ruas nas cidades da região, festas de salões e das viagens curtas para descanso, a taxa média de ocupação deve girar em torno de 40%, segundo estimativa do Campinas e Região Convention & Vistors Bureau (CRC&VB). No entanto, o índice deve variar para mais ou para menos de acordo com a classe a infraestrutura de cada estabelecimento. Nos estabelecimentos voltados para o lazer, a previsão de ocupação chega a até 90%.
As expectativas do setor são positivas em todo o País. Segundo o Ministério do Turismo, a maior festa popular do Brasil deve movimentar cerca de 50 milhões de turistas e movimentar mais de R$ 8,1 bilhões na economia brasileira, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Segundo levantamento realizado pelo CRC&VB junto aos hotéis associados, os resorts, com lazer e atividades para as famílias e os hotéis com espaço para eventos estarão com uma ocupação entre 70 e 90%, chegando a 100% na realização de retiros e vivências religiosas, bastante comum durante o Carnaval.
Os hotéis sem estrutura de lazer, mas bem localizados, que favorece a recepção de turistas com interesse em conhecer as cidades, visita a parentes ou mesmo aproveitar o feriado prolongado para descansar trabalham com uma previsão de ocupação na faixa dos 40%. Já os hotéis econômicos, ligado ao segmento corporativo, trabalham com uma taxa de ocupação de entre 15% e 25%.
O presidente do Campinas e Região Convention & Visitors Bureau, Vanderlei Costa, explica que para uma região fortemente impactada pelo turismo de negócios, como a RMC, as taxas são positivas. “Não temos ainda uma forte vocação turística, embora a região ofereça diversos atrativos e boa gastronomia para quem busca aproveitar o período do Carnaval apenas para descansar ou visitar parentes e amigos.”
Outro ponto que deve favorecer o setor e a economia regional é a opção das famílias por viagens curtas nesta época, uma tendência que vem ganhando força no país. “As pesquisas e levantamentos apontam que muita gente está trocando as viagens mais longas, para destinos mais tradicionais, para passeios mais próximos às suas cidades”, completa Costa.